Quem somos nós para achar que podemos oferecer orações e sacrifícios pela conversão dos pecadores? Nós, pobres criaturas, cheias de limitações, pensar que podemos contribuir na obra de redenção? Há muitas discordâncias sobre este assunto, mas é importante termos clara a visão da Igreja e entender como isso acontece.

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Precisamos entender inicialmente que nada acontece fora dos méritos de Jesus Cristo. Foi Ele que pagou pelo preço inestimável do Seu Sangue precioso a nossa salvação. É pelo Sangue de Cristo que as nossas orações são atendidas e toda a nossa fé está alicerçada no Senhor.

Pensar que temos algum merecimento e participação nas graças alcançadas não passa de soberba, mas há uma comunhão dos Santos que professamos no Credo e precisamos entendê-la.

A Comunhão dos Santos

Entende-se por Comunhão dos Santos a união sobrenatural que existe entre todos os membros da Igreja, Corpo Místico de Cristo. A Igreja é a família dos cristãos de todos os tempos. A Comunhão dos Santos expressa a realidade da comunicação dos bens espirituais entre todos os batizados, os santos canonizados ou não. Recordemos ainda a verdade de que todos são chamados à santidade, como nos ensina o Concílio Vaticano II.

O Papa Paulo VI conclui o Credo do Povo de Deus neste sentido: “Cremos na comunhão de todos os fiéis de Cristo, a saber: dos que peregrinam sobre a terra, dos defuntos que ainda se purificam e dos que gozam da bem-aventurança do céu, formando todos juntos uma só Igreja. E cremos igualmente que nesta comunhão dispomos do amor misericordioso de Deus e dos seus Santos, que estão sempre atentos para ouvir nossas orações como Jesus nos garantiu: Pedi e recebereis.

Algo ainda mais maravilhoso podemos começar a compreender a partir do que disse Nossa Senhora aos três pastorinhos em Fátima. É possível oferecer sacrifícios pela conversão dos pecadores!

O sacrifício pela conversão dos pecadores

Para um melhor aprofundamento neste tema que não é tão simples de explicar, recomendo que você assista o vídeo a seguir. Nele, Padre Paulo Ricardo explica de maneira profunda e clara como se dá essa realidade espiritual de comunhão. O vídeo foi feito na época da Festa de Santa Maria Madalena e tem muito a nos dizer.

Nossos pequenos atos desprezíveis, se vividos com amor, podem ter grande valor diante de Deus, que é amor e misericórdia. Essa realidade é linda e oferece rico material para a nossa meditação.