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É pecado ser rico? Dá para alcançar a santidade mesmo tendo bens materiais? A confissão mais bela que um padre já ouviu - Altair Fonseca
Riqueza e pobreza
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É pecado ser rico? Dá para alcançar a santidade mesmo tendo bens materiais? A confissão mais bela que um padre já ouviu

É pecado ser rico? Essa pergunta se faz necessária porque há muito engano, inclusive dentro da igreja, por causa de interpretações equivocadas do Evangelho. Levados pela onda política, ideológica e social, muitos acabam elegendo os ricos como os principais vilões, acumuladores. Mas você não conhece nenhuma pessoa rica que seja boa e generosa? Alguma pessoa que trabalha honestamente, multiplica seus bens e aumenta a sua capacidade de ajudar a todos? E os bons patrões que empregam centenas de pessoas e ajudam essas famílias? Afinal, ter bastante dinheiro honesto e bem utilizado é realmente pecado como querem apontar?

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É pecado ser rico?

Existe um discurso de desprezo aos ricos que acaba deixando muitos fiéis confusos sobre seus bens. Já presenciei uma homilia em que o padre relatou a tristeza de fiéis ricos que ajudavam a Paróquia e foram perdendo a fé por causa desse tipo de discurso. Mas o que Jesus dizia sobre isso?

Realmente Jesus disse: “é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”(Cf. Mt19,24). Porém, a interpretação do Evangelho que fazem os padres que atacam os ricos vai contra o que diz o Papa Francisco: “Jesus não condena a riqueza, mas o apego à riqueza que divide as famílias e provoca as guerras”. 

A vontade apegada às riquezas é que causa o mal, e é isso que nos explica claramente São João da Cruz, em seu clássico da literatura católica, A Subida do Monte Carmelo:

Não é pecado ter bens
Não é pecado ter bens

Precisamos entender que um rico não apegado a seus bens, que ajuda o próximo, pode viver livre dessa idolatria ao dinheiro. Por outro lado, um pobre que vive reclamando e é egoísta, desejando sempre ter todo o tipo de bens, tem um coração totalmente apegado às riquezas. É óbvio que o enriquecimento ilícito e a ganância dos poderosos que sempre querem mais, também é exemplo do apego que a Igreja repudia. Também é óbvio que a felicidade com o pouco que se tem santifica a vida do pobre que luta justamente para ter dias melhores. Deus sonda os corações e é este o critério para o julgamento: a pureza de intenção.

Portanto, o que importa não é se você é pobre ou rico, mas a resposta para essa pergunta: O seu coração é apegado? Reflita.

A confissão mais linda que um padre já ouviu

O vídeo a seguir nos ajuda a entender o sentido do desapego e do colocar os bens a serviço do Reino de Deus. O conteúdo é do canal do Pe. Leonardo, que ficou muito impactado com o testemunho de vida de um rico empresário que se confessou com ele e, algum tempo depois, faleceu.

Ser RICO é PECADO? Uma pessoa RICA pode ser SANTA?

O equilíbrio de Papa Francisco sobre essa questão nos ajuda a concluir este conteúdo: “O apego às riquezas é uma idolatria”, diz o Pontífice. O Santo Padre recorda que não é possível “servir a dois senhores”: ou se serve a Deus ou ao dinheiro. Jesus “não é contra as riquezas”, mas adverte contra colocar a própria segurança no dinheiro que pode fazer da religião uma agência de seguros. Além do mais, o apego ao dinheiro divide, como diz o Evangelho que fala de “dois irmãos que brigam por causa da herança”.

O caminho da salvação – disse o Papa – é o das bem-aventuranças: “o primeiro é a pobreza de espírito”, isto é, não estar apegado às riquezas que – se você possuir – são “para o serviço dos outros, para compartilhar, para fazer ir avante tantas pessoas”.

Que Deus possa fazer frutificar o trabalho de nossas mãos e que o Senhor possa santificar as intenções de nossos corações. Que toda a nossa vontade possa ser colocar nossa vida e nossos bens a serviço do Reino de Deus.

Autor

○ Bacharel em Publicidade e Propaganda ○ Graduando em Filosofia ○ Partilho sobre Filosofia e Fé Católica ○ Link para acessar o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0931986249871001

Comments

Barbara Santana
30 de julho de 2021 at 21:19

Belissima reflexao



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