Um Papa pode ser deposto? Professor Rafael Brito responde e ajuda a evitar confusões desnecessárias

Será que um Papa pode ser deposto pelo colégio dos cardeais ou outra esfera da Igreja? Isso já aconteceu no passado? Este assunto é complexo e precisa ser tratado com a devida reflexão e cuidado. A seguir, aprenderemos com o professor Rafael Brito. No fim do conteúdo, você confere também um trecho do livro “O Diálogo”, de Santa Catarina de Sena, sobre a conduta dos pastores.

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Um Papa pode ser deposto? Professor Rafael Brito responde

No vídeo a seguir, professor Rafael Brito responde uma pergunta que muitos estão fazendo atualmente e já fizeram ao longo da história da Igreja: um Papa pode ser deposto? Quem aprende mais sobre a Igreja, não cai em discussões desnecessárias na internet. Assista e reflita:

UM PAPA PODE SER DEPOSTO? I O PROFESSOR RESPONDE I Rafael Brito

A falta de justiça é um grande mal

Em “O Diálogo”, livro que é considerado um clássico da literatura católica, Santa Catarina de Sena, uma doutora da Igreja, recebe revelações de Deus Pai sobre a conduta daqueles pastores que deveriam conduzir as ovelhas em segurança. No trecho que você lerá a seguir, Deus Pai fala sobre a falta de justiça por parte do clero e como isso interfere negativamente na vida dos fiéis:

“A justiça era e continua sendo aquela pedra preciosa que produz a paz e a luz, levando os homens a viver no temor santo e na fraternidade. É bom que te diga: a principal causa de tanta anarquia e divisão, no mundo, entre leigos e religiosos, clérigos e prelados, encontra-se na ausência da justiça. O homem que não corrige, nem é corrigido, assemelha-se a um membro em decomposição, sobre o qual um falso médico derrama unguento, deixando de queimar a ferida e permitindo que a carne apodreça. O mesmo se deve dizer dos prelados e demais autoridades. Ao notarem que um súdito se decompõe no mau cheiro do pecado, se não o repreendem chamando-lhe a atenção, mas apenas usam o unguento da adulação, jamais o curarão. Muito ao contrário, tal súdito corromperá os demais membros da congregação em que convivem ao lado do mesmo pastor. Que os pastores de hoje sejam como aqueles antigos, médicos bons e verdadeiros que, juntamente com o óleo, usavam o fogo da repreensão. Caso o súdito se obstine no mal, cortem-no da comunhão, evitando que contamine os outros com seu mal”.

Reflita. Se uma maçã podre em um cesto é capaz de contaminar as demais com sua podridão, um membro corrompido na Igreja, quando não é corrigido, permanece contaminando os demais com seus erros. Quando tais erros não são repreendidos, mas ainda são exaltados, a contaminação ocorre de maneira ainda mais rápida. Rezemos pela Igreja e por todos os seus membros.