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O poder da cura através do Sacramento da Confissão - Altair Fonseca
Sacramento da Confissão
Saúde e Espiritualidade

O poder da cura através do Sacramento da Confissão

Você já experimentou o poder da cura pelo sacramento da confissão?

O hábito mais desastroso da vida é a ingestão do pecado. Ele traz tristeza, culpa e desânimo. A apatia e a indiferença passam a tomar conta de nós. Há uma negligência na comunhão com Deus, um esfriamento espiritual. Logo, poderemos sentir que a saúde do nosso corpo também já não é a mesma. O ser humano é um ser integral, portanto, fé e saúde estão interligadas.

O Apóstolo Paulo escreve sobre essa integralidade na primeira carta aos Tessalonicenses 5,23: “Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”

Sejamos santificados por inteiro
Sejamos santificados por inteiro

O pecado quando não confessado pode trazer muitos fardos para a nossa saúde física, mental e espiritual. No Salmo 32,3 vemos Davi expondo as consequências do pecado para o corpo e a importância do perdão de Deus: “Enquanto mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer.”

No Salmo 38, Davi demonstra a grande dor e angústia causadas pelo pecado:

Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado.

Pois já as minhas iniquidades submergem a minha cabeça; como carga pesada excede as minhas forças.

As minhas chagas se tornam fétidas e purulentas, por causa da minha loucura.

Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando o dia todo. Pois os meus lombos estão cheios de ardor, e não há coisa sã na minha carne. Estou gasto e muito esmagado; dou rugidos por causa do desassossego do meu coração.

O meu coração está agitado; a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, até essa me deixou.”

Não realizar frequentemente um exame de consciência, calar os pecados, guardar mágoas e rancor, pode nos adoecer! São Josemaria Escrivá costumava chamar a confissão de Sacramento da Alegria, porque por meio dele recuperamos a alegria e a paz, que leva à reconciliação com Deus. Segundo Santo Agostinho “O pecado é o motivo de tua tristeza. Deixa que a santidade seja o motivo de tua alegria.”

A alegria da santidade
A alegria da santidade

Sendo assim, o Catecismo da Igreja Católica nos diz que o Sacramento da Confissão é um sacramento de cura. A confissão regular dos nossos pecados veniais ajuda-nos a formar a nossa consciência, a lutar contra as más inclinações, a deixarmo-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo com maior frequência, neste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele.

O Servo de Deus Guido Schäffer, médico e seminarista brasileiro, não só zelava pela saúde do corpo, mas, sobretudo da alma. Às vezes, percebendo que certas patologias se complicavam por problemas emocionais e espirituais, aproximava-se do enfermo, chamava-o para rezar e aconselhava-o a fazer uma boa confissão. O Senhor disse ao Guido em uma de suas meditações que a confissão associada à Eucaristia são os remédios para as lepras espirituais.

Certa vez havia um homem em estado muito grave, tinha uma doença que afetava o sistema imunológico, seu corpo estava todo chagado, como que queimado, sua pele tinha saído quase toda. Guido falou com ele sobre o sacramento da confissão, mas aquele homem não queria se confessar, dizia que não matava nem roubava, por isso não tinha pecado. Guido então lhe disse: “olha, eu também não mato nem roubo, mas estou cheio de pecados”. E começou, humildemente, a contar os seus pecados para aquele paciente. Este, compungido, aceitou se confessar e, além de se confessar, recebeu a unção dos enfermos e a eucaristia. Em uma semana, suas feridas sararam e, na outra, recebeu alta. A alegria dele era enorme!

Portanto, confessai vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados.” (Tiago 5,16)

Devemos lutar contra o pecado

Imagine um Deus que estabelece Leis impossíveis de serem observadas e que não ajuda aqueles que querem sair do pecado. Imagine um Deus que nos dá mandamentos que sabe que não vamos cumprir e diz que tá tudo bem. Um Deus que se conforma com uma vida morna e sem virtudes. Esse Deus foi imaginado por Lutero e Jansênio. Entenda este erro que leva muitos a não buscarem o Sacramento da Confissão no vídeo a seguir:

Lutero e Jansênio erraram sobre o pecado – Série A Oração #10

Referências Bibliográficas:

BÍBLIA SAGRADA. 131ª ed. São Paulo: Editora Ave Maria, 1999.

BUENO, J. A. Guido Schäffer: Apóstolo da Palavra e da Paz. 3ª ed. Juiz de Fora: Editora Subiaco, 2016.

Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Edição típica Vaticana, Loyola, 2000.

Autor

Católica Apostólica Romana, Fisioterapeuta, Especialista em Cuidado ao Idoso e Professora universitária com linha de pesquisa em Espiritualidade e Saúde.

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