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Com muito respeito, precisamos entender que Nossa Senhora não é Iemanjá e que ir a um terreiro não é atitude católica - Altair Fonseca
Nossa Senhora não é Iemanjá
Conhecimento da Igreja Católica

Com muito respeito, precisamos entender que Nossa Senhora não é Iemanjá e que ir a um terreiro não é atitude católica

“Nossa Senhora não é Iemanjá e ir a um terreiro não é atitude católica”. Essa frase é do Monsenhor Rubens Miraglia Zani, exorcista da diocese de Bauru (SP), e aos olhos de muitos pode parecer preconceituosa, mas muito pelo contrário, é totalmente respeitosa. Quando o católico passar a respeitar a sua fé, estuda, conhece, compreende e não mistura com elementos de outras crenças. No artigo de hoje, vamos entender o perigo dessa mistura que acontece no Brasil e faz com que muitas pessoas sofram grandes danos espirituais.

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Se vejo duas crenças e começo a misturar elementos de uma na outra, sem tentar entender suas raízes e origens, estou cometendo um desrespeito com ambas. Este blog é para católicos e, com respeito a outras crenças, é preciso entender melhor a nossa fé e não confundir realidades que não fazem parte daquilo que acreditamos.

Nossa Senhora não é Iemanjá

Monsenhor Rubens Miraglia Zani, exorcista da diocese de Bauru (SP), foi um dos palestrantes do Curso de Exorcismo e Oração de Libertação, que aconteceu na Itália, em Roma, de 25 a 30 de outubro. Em sua participação, o sacerdote falou sobre a realidade dos cultos afro-brasileiros e o exorcismo. Para ele, o sincretismo faz com que as pessoas achem “normal” ser católico e participar de tais cultos, quando na verdade facilita a aproximação do mal e provoca sérios prejuízos.

Respeitar é também compreender e não confundir
Respeitar é também compreender e não confundir

De acordo com o exorcista, aqui no Brasil, o sincretismo é uma realidade e “isso ocorre por uma falta de catequese, que faz com que as pessoas mesclem os cultos afro-brasileiros com o cristianismo”. Por isso, disse, há “uma dificuldade em fazer com que as pessoas compreendam que Nossa Senhora não é Iemanjá, que ir a um terreiro não é católico”.

A abertura ao mal e o exorcismo

O Curso de Exorcismo e Oração de Libertação foi organizado pelo Ateneu Pontifício Regina Apostolorum (APRA) de Roma, pelo Instituto Sacerdos e pelo Grupo de Pesquisa e Informação Sociorreligiosa (GRIS). “Trata-se de um curso multidisciplinar, mas não é para formar exorcistas. Ele divulga esse tipo de assunto num mundo tão seco, sem formação específica. Há ainda padres e bispos que não têm formação sobre esse assunto, o que torna um curso como este algo precioso e necessário”, disse monsenhor Zani, que é delegado coordenador da Secretaria Linguística Portuguesa da Associação Internacional dos Exorcistas e pároco da Paróquia Nossa Senhora do Líbano, da Eparquia Maronita do Brasil, em Bauru.

O sacerdote contou que “um produto tipicamente nacional” é a umbanda, “que é o mais sincretista, e há pessoas que já veneram até mesmo elementos da Nova Era”. “Essa mistura tem um verniz muito superficial de católico”, como o uso das imagens católicas, “mas apenas um verniz mesmo que, com o passar do tempo se tornou ainda pior. O que se vê é um degradar contínuo que vai diluindo os conceitos da fé católica”, afirmou.

O perigo de se cultuar o mal como se fosse bom

Nos cultos afro-brasileiros há “uma mentalidade que cultua forças malignas como se fossem do bem”. Assim, afirmou o sacerdote, “o culto que era para ser exclusivo a Deus é prestado a esses entes”. Além disso, “há a prática da incorporação que ajuda a pessoa a receber esses espíritos. Tudo isso, facilita a aproximação do mau”. Entretanto, disse monsenhor Zani, “o sincretismo faz com que as pessoas não percebam isso e achem que é normal”.

“Muitas vezes, a pessoa não tem noção do que realmente é; por vezes, essa pessoa foi levada a esses cultos por inocência, em alguns casos, quando ainda era criança”, disse.

Casos reais

Monsenhor Zani contou que um dos casos que acompanhou por mais tempo foi de uma pessoa que, na infância, foi levada pelos pais e consagrada à umbanda. “Essa pessoa teve problemas gravíssimos que levou durante sua vida, perdeu vários empregos porque surtava e passava por vexações. Ela sofreu muito”, recordou. Outro caso foi de uma menina de 13 anos que não frequentava cultos afro-brasileiros. “Queriam atingir a mãe dela, que frequentava a umbanda, mas afetou a menina. Como queriam afetar a mãe, a forma de atingir uma mãe é atacar seus filhos”, relatou.

Exorcismo não é mágica

O exorcista ressaltou que “nem todas as pessoas que passaram pelo sincretismo precisam de exorcismo”. Mas, essas pessoas “devem fazer uma renúncia formal e procurar a confissão”.

“Mas, há sim essa possibilidade de necessitar do exorcismo”, disse. E nesses casos é necessário primeiro descartar outras possíveis causas dos problemas pelas quais a pessoa esteja passando. “Primeiro, deve olhar para a própria saúde física ou mental, procurar um médico, que pode ser um clínico-geral que depois vai encaminhar a um especialista, um psicólogo ou psiquiatra e deve fazer a terapia. Se não for a solução ou o profissional de saúde disser que não há nada, aí pode suspeitar e procurar um exorcista”, declarou.

Segundo monsenhor Zani, “é comum” ser procurado por pessoas que dizem ter “algo espiritual e acham que deve ter uma solução rápida”. “São as ideias de filmes, que são errôneas e criam expectativas, faz com que veem o exorcismo como uma solução mágica”, afirmou.

Autor

○ Bacharel em Publicidade e Propaganda ○ Graduando em Filosofia ○ Partilho sobre Filosofia e Fé Católica ○ Link para acessar o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0931986249871001

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