Ícone do site Altair Fonseca

Anjos, guardas dos templos. Você sabia que cada Igreja possui os seus?

Os anjos guardas dos templos

Os anjos guardas dos templos

Os anjos são servos e mensageiros de Deus, que os enviam para as mais variadas missões, com o objetivo final de levar em frente o mistério da salvação. Mas você sabia que os anjos também são guardas dos templos e que cada igreja possui os seus? Será que, na sua paróquia, você já se comportou de maneira desrespeitosa quando a igreja estava vazia achando que ninguém estava olhando? Vamos saber mais sobre isso hoje.

Veja também:

Os anjos são servos e mensageiros de Deus

Os três Arcanjos. Fonte: Milícia da Imaculada.

O Papa Francisco, em uma de suas meditações na Santa Missa celebrada na Casa de Santa Marta, nos exorta que “os três arcanjos estão diante de Deus. São os nossos companheiros porque têm a mesma vocação de levar em frente o mistério da salvação. Adoram a Deus, glorificam a Deus e servem a Deus”.

O Papa também afirmou que “A existência dos seres espirituais, não-corporais, a quem a Sagrada Escritura habitualmente chama anjos, é uma verdade de fé (dogma). O testemunho da Escritura é tão claro como a unanimidade da Tradição”, nos revela o Catecismo da Igreja Católica, que complementa “(…) Com todo o seu ser, os anjos são servos e mensageiros de Deus. Pelo fato de contemplarem ‘continuamente o rosto do meu Pai que está nos céus’ (Mt 18,10), eles são ‘os poderosos executores das Suas ordens, sempre atentos à Sua Palavra’ (Sl 103)”.

Papa Francisco e os Arcanjos

São João Crisóstomo e os anjos guardas dos templos

S. Nilo, o Grande, escritor dos feitos de S. João Crisóstomo e contemporâneo seu, refere o seguinte fato, que transcrevemos quase que na íntegra.

O admirável e santo bispo João Crisóstomo, luminar da Igreja bizantina, ou melhor, da Igreja Universal, tinha por tal forma aguçados os olhos do espírito, que viu com frequência e em diversas horas cheia a sua igreja de anjos do céu, ocupados em guardá-la, principalmente durante o incruento sacrifício da Missa. Maravilhado diante de tão consolador espetáculo, narrou-o repleto de alegria, a alguns dos seus amigos íntimos.

“Apenas começa o sacerdote o sacrossanto rito — dizia ele — logo baixam das alturas multidões de espíritos bem-aventurados. Vestem candidíssima roupagem e trazem os pés descalços. Junto do altar eles se dispõem em círculo, e com grande veneração, sossego e silêncio, assistem de fronte inclinada ao tremendo mistério. Chegado o momento da comunhão, cercam reverentes o bispo, os sacerdotes, os diáconos que distribuem aos fiéis o precioso Corpo e Sangue do Salvador”.

“Quis escrever estas coisas”, ajunta S. Nilo, “para que se veja com que modéstia e com que grande reverência devemos estar nas igrejas, principalmente quando sobre os altares se oferece ao Altíssimo a hóstia pacífica de propiciação” (In epist. CCXCIV ad Anastasium episc., liv. II).

Outro escritos da vida do mesmo santo, Paládio, conta que, condenado o Santo Doutor ao exílio, não quis partir sem primeiro despedir-se do anjo de sua igreja. “Ao partir de sua diocese”, diz ele, “disse aos bispos que acompanhavam: vinde, rezemos, e despeçamo-nos do anjo que preside a igreja”. E ajunta que com o seu bispo partiu o anjo daquela igreja, mal sofrendo a solidão e o abandono da mesma.

Ao entrarmos numa igreja podemos saudar o anjo que a guarda, logicamente, depois de adorar o dono da casa, Jesus Cristo no Santíssimo.

Referências:

FERRETTI, Augusto. Os Santos Anjos da Guarda. Dois Irmãos: Minha Biblioteca Católica, 2022.

Anjos, nossos companheiros de caminhada. Milícia da Imaculada. Brasil, 2021. Disponível em: <https://www.miliciadaimaculada.org.br/espiritualidade/santos/anjos-nossos-companheiros-caminhada>. Acesso em: 26 dez. 2022.

Sair da versão mobile