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Um texto para os católicos que se sentem derrotados - Altair Fonseca
A cruz é sinal de vitória para os cristãos
Reflexões e Meditações

Um texto para os católicos que se sentem derrotados

Diante do avanço do mal e do pecado, e dos ataques à verdadeira fé, preciso falar com os católicos que se sentem derrotados. Mesmo que o cenário seja desafiador, precisamos entender que o Reino de Deus não é deste mundo, e que a vitória já é do Senhor. Aliás, todo aquele que crer n’Ele, e seguir seus mandamentos, será salvo e alcançará a coroa da eterna glória. É isso que importa. É isso que vale a pena. É isso que deve animar o nosso coração.

Veja também:

Um texto para os católicos que se sentem derrotados

Das Homilias de São João Crisóstomo, bispo
(De coemeterio et de cruce, 2: PG 49,396)
(Séc. IV)

Adão e Cristo, Eva e Maria

Viste que vitória admirável? Viste os magníficos prodígios da cruz? Posso dizer-te alguma coisa ainda mais admirável? Ouve o modo como se deu a vitória e então ficarás sumamente maravilhado. Cristo venceu o diabo valendo-se dos mesmos meios com que este tinha vencido: e, tomando as mesmas armas que ele tinha usado, derrotou-o. Ouve como o fez.

A virgem, o lenho e a morte foram os sinais de nossa derrota. A virgem era Eva, pois ainda não conhecera homem; o lenho era a árvore; a morte, o castigo de Adão. E eis que de novo a virgem, o lenho e a morte, que foram sinais da nossa derrota, se tornaram sinais de nossa vitória. Com efeito, em vez de Eva está Maria; em vez da árvore da ciência do bem e do mal, o lenho da cruz; em vez da morte de Adão, a morte de Cristo.

Vês como o demônio foi vencido pelos mesmos meios com que vencera? Na árvore, ele fez Adão cair; na árvore, Cristo derrotou o demônio. A primeira árvore conduzia à região dos mortos; mas a segunda fez voltar até mesmo os que haviam descido para lá. O primeiro homem, já vencido e nu, se escondera entre as árvores; Cristo, porém, vitorioso, se mostra a todos, também nu, do alto de um lenho. A primeira morte condenou os que nasceram depois dela; mas esta morte ressuscitou até mesmo aqueles que nasceram antes dela. Quem contará os grandes feitos do Senhor? (Sl 105,2). Por uma morte, nos tornamos imortais: são estes os magníficos prodígios da cruz.

Compreendeste a vitória? Compreendeste o modo da vitória? Ouve agora como esta vitória foi alcançada, sem o nosso trabalho e suor. Nós não ensanguentamos as armas, não estivemos no combate, não fomos feridos nem vimos a luta; no entanto, alcançamos a vitória. O combate foi do Senhor e a coroa foi nossa. Ora, como a vitória também é nossa, imitemos os soldados e cantemos hoje, com vozes alegres, os louvores e cânticos da vitória. Digamos, louvando o Senhor: A morte foi tragada pela vitória. Ó morte, onde está a tua vitória? onde está o teu aguilhão? (1Cor 15,54-55).

Todas estas coisas maravilhosas nos foram obtidas pela cruz. A cruz é um troféu erguido contra os demônios, uma espada levantada contra o pecado, espada com a qual Cristo traspassou a serpente; a cruz é a vontade do Pai, a glória do seu Filho unigênito, a exultação do Espírito Santo, a honra dos anjos, a segurança da Igreja, o regozijo de Paulo, a fortaleza dos santos, a luz da terra inteira.

A cruz é sinal de vitória
A cruz é sinal de vitória

Referências:

ILITURGIA. Ofício das Leituras. CNBB. Brasília, 2022. Disponível em: <https://www.iliturgia.com.br/>. Acesso em: 05 nov. 2022.

Autor

○ Bacharel em Publicidade e Propaganda ○ Graduando em Filosofia ○ Partilho sobre Filosofia e Fé Católica ○ Link para acessar o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0931986249871001

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