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Você concorda que o Estado não deve escolher como os pais vão educar seus filhos?

Não é o Estado que deve educar as crianças

Não é o Estado que deve educar as crianças

Será que os pais não terão mais o direito de educar seus filhos conforme a sua fé? Avança a mentalidade de que o Estado tem total direito sobre a educação das crianças, podendo doutriná-las conforme a ideologia dominante e levá-las para longe da crença de seus pais. Mas afinal, até onde vai o limite do Estado nesse campo e porque querem enfiar o ateísmo e o pecado na cabeça de nossas crianças?

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Quem deve educar os filhos?

Diz o artigo 205 da Constituição Federal de 1988: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Mas o que seria educação? Não trata-se apenas de um conhecimento técnico, mas também da formação de um ser humano como um todo. Além disso, educar não tem nada a ver com doutrinar ou treinar militantes políticos ou de causas ideológicas. Pe. Michael Müller, no livro Deus, o mestre da humanidade nos diz o seguinte:

“O termo educação compreende algo mais do que mera instrução. Alguém pode ser instruído sem ser educado; mas ele não pode ser educado sem ser instruído. Um tem um significado parcial ou limitado, o outro um significado completo ou geral. Qual é, então, o significado de Educação? Educação vem do latim educo e significa, segundo Platão, ‘dar ao corpo e à alma toda a perfeição de que são suscetíveis’, ou seja, o objetivo da educação é tornar belos os jovens de ambos os sexos, saudáveis, fortes, inteligentes e virtuosos. Sem dúvida é a vontade do Criador que o homem, a obra-prima do mundo visível, seja elevado àquela perfeição de que é capaz, e para a aquisição da qual lhe são oferecidos os meios adequados”.

Os pais têm autoridade para educar seus filhos

Quem deve educar os filhos

Pe. Michael Müller, no livro Deus, o mestre da humanidade, cita um trecho do discurso School Question, de Zach Montgomery:

Se há algum governo no mundo que tem o direito inerente de regular seus próprios assuntos domésticos à sua própria maneira, este é o governo da família. Esse é o governo mais antigo da face da terra. É a fonte, o manancial, de onde todos os governos humanos se originam. O próprio Deus é o seu autor imediato. O pai de uma família é o verdadeiro rei terreno que governa diretamente por direito divino. Sua autoridade sobre os seus próprios filhos, e seu direito exclusivo de treiná-los e educá-los à sua própria maneira, remonta à própria manhã quando o filho primogênito de Adão e Eva deitou uma criança indefesa nos braços de sua mãe; e essa autoridade foi muito depois reafirmada e ratificada pelo Todo-Poderoso do topo da montanha, onde, com uma língua de relâmpago e uma voz de trovão, ele deu a ordem: “Honra teu pai e tua mãe”. Cada família é um pequeno governo, um governo ordenado por Deus, com seus poderes e sua jurisdição distintamente marcada e registrada na tábua do coração humano; e cada um desses pequenos governos mantém a relação de uma potência estrangeira com todos os outros governos familiares. Existe ao redor de cada governo familiar, por mais pobre e humilde que seja essa família, um círculo encantado, dentro do qual o mais poderoso monarca da terra não deve ousar, sem ser convidado, pôr o pé ou intrometer-se em sua presença indesejável. E este é o círculo educacional; este é aquele círculo sagrado que abrange a mente e o coração terno, plástico e não educado durante os primeiros anos da infância, quando o caráter do futuro homem ou mulher está em seu estado embrionário e pode ser afetado ou prejudicado pelo menor toque e ser influenciado para o bem ou para o mal pelas influências mais imperceptíveis.

Qual é o objetivo da educação?

Diferente do que o Estado tem pensado, a educação tem um objetivo muito mais sublime, muito bem explicado pelo Pe. Michael Müller no trecho a seguir:

“Há uma coisa que convém a todas as pessoas, e sem a qual o conhecimento nada mais é do que ‘um latão que ressoa e um címbalo que retine’: é a cultura sobrenatural da alma, ou o esforço habitual do homem para se tornar mais agradável à vista de Deus pela aquisição de sólidas virtudes cristãs, para assim alcançar o seu fim último, a sua felicidade eterna. É por esta razão que nosso Salvador nos diz: ‘Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Pois que dará o homem em troca da sua alma?’ (Mt 16,26). A cultura sobrenatural, ou a perfeição da alma, é, portanto, o principal objetivo da educação.

Esta reflexão precisa ser compartilhada e também estar em nossas orações, já que os pais estão sendo atacados no direito de educar seus filhos. Que Deus, criador de todas as famílias, pelo poder do Espírito Santo, que é o educador das almas, instrua pais e filhos na caminhada rumo ao Céu.

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