Com tanta informação e pessoas querendo dar conselhos atualmente, a busca pela santidade tem incertezas e obstáculos. É promessa de Deus que quem crer no Senhor não será confundido, mas Ele não disse que seria fácil. Aliás, o próprio Senhor nos diz que quem quisesse segui-Lo, deveria tomar também a sua cruz. Nessa caminhada rumo à Pátria Celeste não podemos perder de vista aquilo que é mais essencial e é sobre isso que falaremos hoje.
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A vocação de todo cristão
Antes de tudo é preciso que entendamos qual é a vocação inicial de todo o cristão. Não importa o seu estado de vida, a vocação de todo discípulo de Cristo é a mesma: a santidade. O Catecismo da Igreja Católica deixa essa verdade muito clara e é importante saber:
“O Batismo, a Confirmação e a Eucaristia são os sacramentos da iniciação cristã. São o fundamento da vocação comum de todos os discípulos de Cristo – vocação à santidade e à missão de evangelizar o mundo. E conferem as graças necessárias para a vida segundo o Espírito, nesta existência de peregrinos em marcha para a Pátria”. Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1533.
Enganos na busca pela santidade
E qual seria o caminho para você e eu que estamos na busca pela santidade? São Francisco de Sales nos aponta uma direção baseada em tudo o que Jesus Cristo nos ensinou.
Oh, como se engana, diz São Francisco de Sales, quem deposita noutra coisa senão em amar a Deus. “Alguns põem a perfeição na austeridade, outros na esmola, outros na oração, outros na frequência aos sacramentos. Eu, por mim, não conheço outra perfeição além daquela de amar a Deus de todo o coração; pois todas as outras virtudes sem o amor não passam de um amontoado de pedras. E, se não desfrutamos perfeitamente deste santo amor, o defeito parte de nós, porque ainda não nos entregamos a Deus por inteiro”.
Um caminho para amar a Jesus Cristo
Santo Afonso Maria de Ligório nos aponta um bom caminho, baseado nos ensinamentos de vários santos, para quem quer adquirir um verdadeiro amor por Jesus Cristo:
Os mestres espirituais descrevem os sinais do verdadeiro amor. O amor, dizem, é temeroso, e o seu temor não é outro senão o de dar desgosto a Deus. É generoso, porque, fiando-se em Deus, não se desanima de empreender toda a grande coisa em sua glória. É forte, ao vencer todos os apetites malignos, mesmo em meio às tentações mais violentas e às desolações mais tenebrosas. É obediente, porque imediatamente busca executar os comandos divinos. É puro, pois ama a Deus somente, e só porque merece ser amado. É ardente, porque gostaria de acender a todos e vê-los consumidos pelo divino amor. É inebriante, pois faz com que a alma viva quase fora de si, como se já não visse, nem ouvisse, nem tivesse mais sentidos para as coisas terrenas, voltando-se apenas ao amor de Deus. É unitivo, pois une estreitamente a vontade da criatura à vontade do seu Criador. É suspirante, porque enche a alma de desejos de deixar este mundo para voar em direção à união perfeita com Deus na Pátria beata, a fim de lá amá-lo com todas as suas forças.
Tudo o que fizermos deve visar o amor de Deus
Se seguirmos o exemplo do Servo de Deus Guido Schäffer, sua busca pela santidade em meio a uma vida absolutamente normal, com os desafios de um jovem como qualquer outro, como eu e você, encontraremos a verdadeira felicidade, o verdadeiro sentido, a verdadeira santidade.
Veja um resumo da vida de Guido Schäffer aqui.
Com a graça de Deus, busquemos em tudo amar cada vez mais o Senhor. Não adianta buscarmos atalhos, outras opções ou outros caminhos, pois somente Jesus é o caminho, a verdade e a vida. É momento de repensar tudo o que você tem feito e vivido. Será que as atividades, sonhos e projetos estão direcionados para Deus ou são movidos apenas por interesses pessoais?